A série Star Wars já recebeu diversas adaptações no mundo dos games. Algumas foram bem recebidas pelo público, enquanto outras não estiveram com a Força e falharam em recriar o universo do cinema nos consoles. Porém, a ideia que mais despertou o interesse dos jogadores foi a de permitir que o jogador escolhesse qual lado apoiar.
Ainda que o conceito já tenha sido utilizado outras vezes, ele vai ser levado a um novo nível em Star Wars:The Old Republic. As novidades em torno do MMO inspirado na criação de George Lucas mostram que o título promete ser tão completo e envolvente a ponto de despertar o interesse até mesmo de que não é fã da franquia, mas deseja se aventurar por planetas e galáxias.
A expectativa em torno do lançamento é tanta que sua distribuidora, a Lucasarts, preparou uma agenda mundial para apresentar o título em vários locais do mundo. Após a E3, em junho, ainda ouviremos falar de Star Wars nos seguintes locais:
- Gamescom (Colônia, Alemanha);
- PAX Prime (Seattle, Estados Unidos);
- Eurogamer Expo (Londres, Inglaterra);
- New York Comic Con
- Paris Games Week
- DreamHack (Jönköping, Suécia)
MMO sem ser RPG
Um dos maiores equívocos em torno da sigla MMO é a ligação que muita gente faz com o gênero RPG. O engano é compreensível, já que a fama obtida por jogos como World of Warcraft e Ragnarok Online fez com que o conceito de multiplayer com múltiplos jogadores fosse automaticamente relacionado a milhares de pessoas em um mundo de possibilidades. Porém, a realidade é muito mais ampla do que isso.
O que The Old Republic promete fazer é ir além desse estereótipo e oferecer uma trama digna de um bom título single player, mas com a possibilidade de se divertir com os amigos em missões pelo Império ou pela República. A pergunta, no entanto, fica no ar: como isso será feito?
O funcionamento é bastante simples. Você seleciona uma classe ao criar seu personagem e, a partir disso, segue um enredo pré-determinado para cada profissão. O interessante é que existem missões compartilhadas, enquanto outras são exclusivas de determinadas denominações. São essas tarefas únicas que vão conduzir a narrativa de cada personagem.
Além disso, como já virou moda entre os games modernos, The Old Republic trará um sistema de alinhamento moral. Sendo assim, você poderá ter tendências malignas mesmo sendo um Jedi ou ter compaixão de seus adversários, apesar de ser um Sith. Tudo dependerá das escolhas feitas em seus diálogos.
Um exemplo disso é citado pelo site IncGame, que descreveu a evolução de seu Bounty Hunter pelo caminho das sombras. Na demonstração testada pela página, o jogador está uma missão cujo objetivo é encontrar um menino e convencê-lo a abraçar o lado negro da Força. Contudo, a conversa pode ser conduzida de modo que você tenta forçar o garoto a acompanhar seu personagem (o que faz com que uma luta tenha início) ou deixar o menino escapar.
Por mais que a BioWare tente fazer com que este Star Wars fuja do estereótipo dos grandes MMOs, o jogo ainda possui algumas características do estilo. Isso significa que teremos aqueles momentos de caçada para acumular experiência, de busca por itens e tarefas menores para ganhar recompensas.
Reforço à escuridão da Força
Como dito anteriormente, The Old Republic terá um sistema de classes que determinará o desenvolvimento do enredo. Até agora, somente algumas profissões foram reveladas, como a já citada Bounty Hunter. No entanto, a desenvolvedora apresentou uma nova carreira: a Sith Inquisitor.
O estúdio descreveu esses guerreiros como opções mais versáteis, podendo ser moldados de acordo com as preferências e o estilo do jogador. Isso significa que a forma com que você trata seus inimigos será fundamental para seu desenvolvimento. Uma curiosidade é que eles foram inspirados no Imperador Palpatine, um dos principais vilões de toda a série.
Embora os Sith Inquisitor sejam inicialmente mais frágeis que as demais classes, suas evoluções compensam o esforço de treinar o personagem até o nível 10. Ao atingir determinada quantia de experiência, será possível selecionar uma especialização de suas habilidades.
A primeira é a profissão Sorcerer. Como o próprio nome sugere, trata-se de um Sith voltado ao uso da Força em seu estado mais puro e maligno. Ainda que isso signifique ataques de longa distância – algo próximo dos magos dos RPGs tradicionais –, o poder equilibra a desvantagem.
Já a classe Assassin é uma velha conhecida dos fãs de Star Wars. Ainda que ela faça sua estreia com este nome em The Old Republic, qualquer pessoa que tenha assistido ao Episódio I irá se lembrar do peculiar jeito de lutar utilizado por Darth Maul e seus dois sabres de luz. Pois é exatamente desse modo que a nova profissão vai agir.
Desafios com os amigos
Se a ideia deste Star Wars é trazer uma experiência MMO aliada a uma trama central, isso significa que o próprio game terá de se adaptar para oferecer desafios condizentes com as habilidades dos jogadores. De nada adianta colocar uma dúzia de Jedis em uma fase contra droids desarmados ou fazer com que eles enfrentem dezenas de Sith poderosos. É preciso trazer desafios equilibrados para todos os usuários.
É por conta disso que a BioWare preparou um sistema para nivelar as missões. Chamado de Flashpoint, a nova mecânica exige um número determinado de players para realizar certas tarefas, o que permite que a dificuldade seja ajustada de modo homogêneo.
Na demonstração testada pelo site IGN, os jogadores são levados a uma nave do Império cujo objetivo é invadir e destruir um cruzador da República. O curioso é que o capitão só libera o acesso caso algumas condições sejam cumpridas.
Esse tipo de fase traz diversos obstáculos que devem ser vencidos coletivamente, seja para derrotar inimigos ou para resolver quebra-cabeças. Além disso, o novo sistema também chama a atenção pelos chefes. Alguns são apenas versões maiores de inimigos básicos, mas outros retratam personagens do próprio universo Star Wars. Na versão para testes, por exemplo, uma Jedi da raça Twi’lek aparece e enfrenta os Sith.
Star Wars: The Old Republic será lançado ainda neste ano.
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