Imagine-se na pele de um policial durão, responsável pela captura de um dos principais bandidos do país. Durante uma perseguição ao tal criminoso, você sofre um acidente e acaba em coma. Isso, porém, não significa que sua luta contra o crime está encerrada. Pelo contrário, mesmo preso à cama de um hospital, você tem a possibilidade de continuar sua jornada por meio de um estranho poder, que permite controlar os movimentos e pensamentos de qualquer pessoa.
Esse enredo, que poderia perfeitamente ter saído de um filme B de ação, dá início à trama de Driver: San Francisco. O game tem como protagonista o policial John Tanner, já conhecido dos primeiros jogos da série, e tem como principal objetivo retornar à franquia aos seus tempos de glória, quando era a principal série de ação sobre rodas disponível no mercado.
Após algum tempo desaparecido – alguns afirmavam até que a proposta “inovadora” do game havia rendido um cancelamento ou, pelo menos, uma mudança de direção –, Driver: San Francisco reapareceu na E3 2011. Durante a feira, a imprensa especializada teve acesso a uma demonstração do modo multiplayer e pôde colocar as mãos no sistema Shift, a mecânica de “transmissão corpórea” que é uma das marcas principais deste novo game.
Realidade alternativa e cheia de possibilidades
O multiplayer de Driver: San Francisco terá dez modos diferentes de partidas. Alguns são bem tradicionais, tanto que dispensam explicação. Jogos simples como o velho Capture a Bandeira ou uma modalidade na qual o objetivo é defender uma área determinada no mapa da invasão de corredores inimigos marcam presença.
Aqui, o online é chamado de “Coma Mode” e, como o nome já diz, carrega as características do game principal também para a jogabilidade competitiva. A destruição completa do veículo de um adversário não significa que ele está fora do jogo, muito pelo contrário. O oponente pode ficar nervoso e resolver tomar a pele de um motorista de caminhão, atropelando tudo e todos em seu caminho.
Em vez de um jogador ser o responsável por “pegar” os outros, são todos que precisam perseguir desesperadamente o motorista com maior número de pontos, de forma a roubar suas moedas. Com o Shift, nenhum jogador está fora de alcance, já que é possível transferir a própria consciência para um motorista localizado logo atrás do detentor da maior pontuação. Ou, melhor ainda, para alguém que está indo em alta velocidade na direção contrária à do alvo.
Enquanto está sendo atacado, o motorista não pode se transferir de corpo e deve lutar para manter uma determinada distância de seus perseguidores antes de partir para outro ponto mais seguro do mapa. Com isso, a Ubisoft adicionou um elemento estratégico à velocidade, já que, além de se preocupar com seu total de pontos, o jogador deve também ficar atento aos locais onde o Shift é dificultado, seja pela pequena quantidade de carros ou pelo tráfego intenso.
Uma das principais características da série Driver também está presente no modo multiplayer. Aqui, apesar de serem limitadas, as arenas também são vastas e apresentam diversas vielas e caminhos alternativos. Assim, o jogador é incentivado a perder várias horas no modo de forma a conhecer cada canto da cidade, bolando assim a melhor estratégia para vencer nas pistas.
Driver: San Francisco não é um jogo que empolgou a crítica quando foi anunciado, principalmente devido à direção pouco ortodoxa que a Ubisoft resolveu seguir em relação à história. Mesmo que o título não seja capaz de levar a franquia de volta às raízes, pelo menos deve render uma jogatina online bem divertida, cheia de possibilidades e, acima de tudo, bem diferente do que estamos acostumados a ver por aí.
O título será lançado no dia 30 de agosto de 2011 em versões PC, PlayStation 3, Xbox 360 e Nintendo Wii.
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