Silent Hill: Downpour

Todos os caminhos levam a Silent Hill

 

Você já deve ter ouvido falar de Silent Hill. A cidade, ao lado de Raccoon City, é um dos lugares mais assustadores dos games e, apesar de seu nome ser sinônimo de medo e terror, ela ainda desperta nossa curiosidade e nos faz querer voltar às suas ruas desoladas. Ao longo de sete jogos, o local mostrou que ainda possui muitos segredos a serem revelados e histórias a serem contadas.
Em Downpour, somos novamente levados ao angustiante município. No entanto, desta vez, a chegada é feita (aparentemente) por acaso. Murphy Pendleton é um prisioneiro foragido que vê nos becos cobertos pela neblina o esconderijo perfeito para escapar do presídio. Porém, sempre há uma razão para alguém chegar a Silent Hill – e isso será algo que ele irá descobrir da pior maneira possível.
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Ensaio sobre a lucidez
A série sempre foi famosa por usar um terror muito mais psicológico do que de situação. Em vez de simplesmente arremessar monstros contra a tela repentinamente, sempre tivemos uma trilha sonora tensa e um cenário tão vazio que é impossível não se desesperar a cada passo dado. Silent Hill é um mistura de solidão, desespero e paranoia.

Com o oitavo game não é diferente. A partir do momento em que o protagonista põe os pés nas ruas da cidade, ele percebe que nada ali é normal e que os acontecimentos macabros parecem estar em todos os lugares. Mais do que isso, o personagem é devorado pelos mistérios, algo que afeta diretamente sua sanidade.
Sendo assim, Pendleton não sabe se as bizarrices que acontecem durante a trama são realidade ou fruto de alguma perturbação em sua mente. Além disso, as próprias histórias vividas no local começam a se misturar com as lembranças do presidiário, fazendo com que ele não tenha certeza de mais nada sobre seu passado e sobre o que acontece ao seu redor.
Sua própria chegada ocasional a Silent Hill passa a ser questionada. De acordo com o produtor do jogo Devin Shatsky, ninguém chega à cidade por acidente, ou seja, sempre há uma razão para alguém estar no meio daquele caos.
As duas faces
Uma das grandes marcas da série sempre foi a existência de versões alternativas para o mesmo lugar. Porém, enquanto os primeiros jogos traziam um mundo de chamas e cinzas e o último mostrou a cidade sendo congelada, a água será o grande mistério em Silent Hill: Downpour.
Os motivos para a alteração não foram revelados – e provavelmente só serão descobertos no próprio enredo –, mas temos certeza de que a sensação de desespero na hora da transformação continuará a mesma. Basta assistir ao trailer para perceber o quão assustador é ver o líquido engolir as paredes ou vazamentos que escorrem de baixo para cima.
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Além disso, segundo o pessoal da Vatra Games – estúdio responsável pelo desenvolvimento do título –, a transição entre a Silent Hill real e a paralela não é meramente estética ou para criar um abalo psicológico no jogador. A ideia é exatamente fazer a mudança para que o cenário se modifique completamente. Sendo assim, espere encontrar objetos em locais improváveis ou até mesmo o aparecimento de elementos sem a menor explicação lógica. Podemos apostar que essa característica de Downpour será usada em vários momentos para a resolução de diferentes puzzles.
Outra novidade na mecânica de jogo são os confrontos, que agora se tornam opcionais. Embora Shattered Memories tenha dividido a opinião dos fãs pelo fato de ser impossível enfrentar os monstros, essa característica influenciou diretamente a produção deste oitavo game. Por mais que Pendleton possua uma arma e possa disparar contra as criaturas, também é possível fugir e procurar um lugar seguro. Para o produtor do título, Tom Hullet, escapar também pode ser uma espécie de estratégia, principalmente pelo fato de a dificuldade ter aumentado.
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Ele também afirma que, apesar disso, a frequência de combates não será tão constante. Segundo Hullet, o jogador passará muito tempo passeando pelas ruas vazias de Silent Hill, caminhando em meio à névoa que toma conta da cidade. A ideia é exatamente explorar essa atmosfera sombria para trabalhar o sentimento de solidão do personagem – o que deve aumentar a ansiedade e o medo do que pode acontecer a qualquer momento.
Mergulho no vazio
Outro ponto comentado pelo produtor foi a possibilidade de Downpour possuir algum tipo de modo multiplayer. Para Hullet, isso não faria o menor sentido, pois iria contra a essência da série de fazer com que o jogador se sinta cada vez mais sozinho. Ao manter o título para um único jogador, a atmosfera sombria se torna ainda mais imersiva.
Por outro lado, o envolvimento típico de Silent Hill perdeu um fator muito importante neste oitavo episódio. Isso porque Akira Yamaoka, responsável pela criação da angustiante trilha sonora da franquia, não faz mais parte do time de desenvolvimento. Para substituí-lo, a Vatra chamou Daniel Licht, que trabalhou na composição de canções para o seriado “Dexter”. De acordo com o estúdio, o trabalho dele é fenomenal e vai agradar aos fãs.
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Por fim, uma promessa que pode fazer com que Downpour seja uma das maiores promessas para o Survival Horror deste ano: a produtora afirmou que o título deve retornar às origens e oferecer um terror semelhante ao feito no segundo game da franquia. Com uma referência dessas, é difícil não ficar ansioso com a nova visita à cidade silenciosa.
Silent Hill: Downpour chega ao PlayStation 3 e Xbox 360 no terceiro trimestre deste ano.

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