O mistério por trás da silhueta do dragão


Eis que depois de muita expectativa, finalmente a Capcom revelou o mistério por trás da contagem regressiva e do enigmático “DD”. Conforme o próprio Baixaki Jogos havia informado antes, realmente se tratava de um jogo chamadoDragon’s Dogma. Contudo, contrariando várias previsões, não era a sequência de nenhuma série famosa, mas um título inédito.
O primeiro destaque do game está em sua produção. Há três anos em desenvolvimento, a aventura surgiu da mente criativa de um dos diretores mais conceituados da companhia japonesa. Hideaki Itsuno, diretor da franquia Devil May Cry, já se declarou fã do universo de “O Senhor dos Anéis”, algo que pode ser facilmente percebido na própria ambientação deste projeto.
Com isso, temos um mundo de fantasia muito semelhante ao descrito nas obras de Tolkien e presente em várias lendas europeias. Dragões, criaturas mitológicas, runas e poderes ancestrais são apenas alguns elementos que servem como pano de fundo para o jogo que, por um bom tempo, despertou a curiosidade do mundo inteiro.
Coração de dragão
Como a temática medieval é comumente relacionada a RPGs, a Capcom fez questão de fugir do lugar-comum e levou Dragon’s Dogma para um caminho diferenciado. A ideia de Itsuno foi exatamente se livrar do estereótipo ao oferecer uma jogabilidade mais voltada à ação do que ao gerenciamento de habilidades – algo que o diretor frisou durante toda a apresentação do título na Captivate 2011.
Essa mudança é sentida já em um dos pontos mais sensíveis do jogo: a exploração. Por ser um mundo aberto, é possível se aventurar por praticamente todos os cantos da península em que a história se passa e enfrentar os mais diferentes tipos de seres. A linha é bem próxima do que a própria Capcom desenvolveu em Monster Hunter, com a diferença de que o foco está na trama a ser seguida e não apenas na caçada.
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O enredo começa com o ressurgimento de um dragão ancião que, após muitos anos desaparecido, volta a assombrar a população local. Após destruir várias cidades e vilarejos da região, diversos grupos de guerreiros iniciam missões para tentar eliminar a antiga ameaça.
É nesse contexto que seu personagem – cujo gênero pode ser definido no início da jornada – é apresentado. Depois de uma série de acontecimentos não revelados, eis que o herói cria uma espécie de vínculo com o coração da criatura, o que faz com que ele seja capaz de ler os pensamentos do animal.
A partir desse ponto, o jogador deve realizar várias tarefas impostas pelo dragão. À medida que essas missões são cumpridas, você acaba conhecendo um pouco mais sobre o passado do mundo e até mesmo o porquê de o lagarto voador ter voltado.
“Não é RPG”
Img_normalDurante o evento da Capcom, tanto o diretor quanto o produtor de Dragon’s Dogma fizeram questão de dizer várias vezes que o game não é um RPG. Ainda que ele possua algumas características do gênero – as quais não foram divulgadas –, ele ainda é um título de ação.
Exemplo disso são os próprios comandos, que possuem o dinamismo e a praticidade de que o estilo necessita. Há botões específicos para ataques fracos e fortes, assim como movimentos especiais. Além disso, toda a batalha é feita em tempo real, o que significa que você não precisa se preocupar com menus e outras burocracias para acabar com os monstros que surgirem em seu caminho.
Por outro lado, alguns aspectos permanecem, como é o caso do sistema de classes. Ao iniciar sua jornada, você tem liberdade para decidir uma entre as três carreiras existentes: Fighter, Mage e Strider – uma espécie de ladino com especialidades tanto em ataques de curta distância quanto com arcos e flechas. É com base nessa decisão que seu futuro será traçado.
Outro ponto é a existência de aliados, aqui chamados de Pawn. Assim como você, eles também têm suas profissões e são fundamentais na hora da luta, principalmente por conta de inteligência artificial avançada que ajuda a criar estratégias contra inimigos mais complexos. Em uma batalha contra goblins descrita pelo site G4TV, o Mage descobre que magias de fogo são mais eficientes e passa a conjurar apenas ataques desse elemento. Ao mesmo tempo, ele passa essa informação aos demais membros do grupo e adiciona características flamejantes a suas armas.
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Além disso, a interação desses NPCs com seu personagem vai muito além desses pequenos conselhos. Eles podem agir tanto de maneira independente quanto com comandos dados por você por meio do D-Pad, fazendo com que eles sigam uma ordem previamente estabelecida. Se você é do tipo tático, essas estratégias são ótimas formas de variar as mecânicas de combate.
Voando alto
Outro recurso curioso existente em Dragon’s Dogma é o sistema de arremesso. Pode parecer algo sem sentido ou banal, mas esse é um detalhe que pode fazer toda a diferença nos combates. Isso porque os Pawns podem simplesmente jogar seu personagem em direção a alguma criatura voadora ou gigantesca para que você se pendure e consiga realizar ataques especiais no ponto cego do inimigo.
Em um dos exemplos citados pelo G4TV, os aventureiros deveriam derrotar um grifo que surge dos céus e que quase acaba com os heróis em um só golpe. Em determinado ponto da batalha, o monstro toma altura e inicia uma série de ataques rasantes. Como flechas e magias não surtem efeito, a solução é tentar uma investida aérea. Para isso, um dos NPCs se dispõe a arremessá-lo em direção ao inimigo.
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A proposta, porém, é mais do que simplesmente mudar o cenário do confronto. Voar e se pendurar é uma questão estratégica, já que boa parte dos adversários possui um ponto fraco que deve ser explorado para conseguir uma vitória rápida – algo semelhante ao que a Team Ico fez com Shadow of the Colossus. No caso do grifo, atingir suas asas é a única forma de derrotá-lo e isso só pode ser feito com esse truque.
Além disso, Dragon’s Dogma também possui um mecanismo dinâmico para representar a passagem das horas. Essa diferença entre dia e noite significa que encontraremos seres diferentes com o avançar do tempo – algo semelhante ao que a Nintendo faz em Pokémon. Sendo assim, é provável que determinada fera só possa ser vista de manhã, enquanto outras, talvez ainda mais perigosas, só surjam ao anoitecer. Contudo, não foi revelado se a contagem será real ou com base em um relógio interno.
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Por fim, a apresentação durante o evento da Capcom serviu para mostrar outro aspecto do game. Como estamos falando de um mundo aberto a ser explorado, muitas cidades estarão disponíveis para serem visitadas. Na demonstração da Captivate 2011, era possível conhecer somente uma que, de acordo com o diretor do título, é capaz de suportar até 200 personagens não jogáveis ao mesmo tempo.
Com previsão de lançamento para o ano de 2012, Dragon’s Dogma estará disponível para PlayStation 3 e Xbox 360.

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